Ministério de Minas e Energia assina Plano de Trabalho para a Aceleração da Transição Energética no Brasil com a Agência Internacional de Energia

O Ministério de Minas e Energia assinou, no fim de janeiro, o Plano de Trabalho para Aceleração da Transição Energética no Brasil com a Agência Internacional de Energia (IEA). O evento ocorreu em Brasília e chancelou a importância do Brasil na transição energética global, destacando as oportunidades advindas da presidência do país no G20.

O Ministro de Minas e Energia (Alexandre Silveira) enfatizou que o papel preponderante brasileiro no G20 proporcionará à nação a oportunidade de conduzir outros países rumo a uma transição energética equilibrada, justa e inclusiva. Ele apontou este momento como propício para construir pontes e fortalecer parcerias nacionais e internacionais.

“A Agência Internacional de Energia reconhece o protagonismo brasileiro na transição energética. Com o esforço do nosso povo e os recursos naturais do país, já somos exemplo de uma matriz energética diversificada, limpa e renovável. Agora, na presidência do G20, daremos prioridade ao debate sobre os caminhos para acelerar essa transição energética justa, acessível e inclusiva”, afirmou Silveira.

O plano delineará a cooperação e as atividades bilaterais entre a AIE e o Brasil no período 2024-2025, fortalecendo o suporte à presidência brasileira da COP30 em 2025. Ele descreverá as áreas prioritárias para cooperação na transição energética justa e inclusiva, propondo atividades como workshops virtuais e presenciais, diálogos técnicos, consultas, relatórios e sessões de capacitação.

“Nosso objetivo é criar novas oportunidades e monetizar iniciativas que contribuam para uma matriz energética global mais limpa. As políticas públicas que estamos implementando para acelerar a transição energética impulsionarão a nova economia verde global”, explicou Silveira, ressaltando os esforços para descarbonizar o setor de transportes.

“Temos o intuito de impulsionar os mercados regionais e globais para os ‘combustíveis do futuro’, como hidrogênio e biocombustíveis, focando na descarbonização da indústria, dos transportes e da mobilidade urbana. Lançamos no ano passado políticas inovadoras para a valoração econômica dos biocombustíveis. Teremos SAF, diesel verde, etanol de segunda geração”, acrescentou.

Silveira ainda destacou dois principais vetores da transição energética: a sustentabilidade, combatendo os efeitos climáticos e preservando o planeta e o desenvolvimento econômico com inclusão social, abordando a cadeia da nova economia verde.

“A salvação reside na nova economia sustentável, na economia verde. Somente a monetização da indústria verde pelos países industrializados poderá inserir os países em desenvolvimento na geração de mais empregos, renda, e assim, promover uma transição energética justa e inclusiva”, enfatizou.

Por fim, Silveira declarou que o Brasil cooperará com outros países, especialmente do Sul Global, no combate à pobreza energética.

“Com nossa experiência, podemos ajudar outras nações, além da questão da transição energética, no combate à pobreza energética, seguindo o exemplo do nosso programa ‘Luz para Todos’. Estamos colaborando com países que enfrentam números preocupantes de famílias sem acesso à energia”, concluiu.