Hidrogênio Verde. Em que passo nós estamos?

O Parlamento Europeu decidiu, em deliberação recente de 14/9, pela flexibilização das regras de adicionalidade para produção do hidrogênio verde (H2V), que obrigava que toda eletricidade renovável utilizada para produção do energético viesse de fontes dedicadas.

Os congressistas do bloco europeu (UE) também derrubaram a proposta que permitia aos produtores de hidrogênio usar eletricidade proveniente da rede somente quando compensassem com fornecimento dedicado, em até uma hora, outro indício de flexibilização do default.

Agora, fica permitido aos produtores de H2V utilizarem eletricidade do grid, desde que ela seja verde, comprovada por meio de contratos de compra de energia (PPA) limpa, com saldo equivalente entre o PPA e compras de rede, o que também nos atina como uma decisão equilibrada. Embora a temática da dependência do gás russo ainda esteja em polvorosa, açodamento não é um elemento que pode ilidir aos males na mesma proporção. 

Ainda assim, a questão se coloca como premente; a Comissão Europeia anunciou a criação de um Banco Europeu do Hidrogênio, que destinará 3 bilhões de euros para alcançar a meta de consumo de 20 milhões de toneladas de hidrogênio verde até 2030, prevista no RePower — programa de substituição do gás natural russo.

Das 20 milhões de toneladas de hidrogênio verde, 10 milhões virão da produção doméstica e outras 10 milhões de toneladas de importação.

Também foram previstas novas metas para a utilização do hidrogênio renovável e derivados; estima-se que eles deverão representar pelo menos 5,7% de todos os combustíveis até 2030, incluindo 1,2% no setor marítimo. Além disso, 50% da indústria deverá fazer a transição para o hidrogênio verde até 2030, chegando a 70% até 2035. Arrojado e necessário.