O Google enfrentou diversos incidentes de privacidade ao longo de seis anos, conforme revelado por um relatório interno obtido pelo 404 Media. Entre os problemas, a empresa coletou acidentalmente dados de voz de crianças, vazou informações de viagens e endereços residenciais de usuários de caronas, e fez recomendações no YouTube baseadas em históricos de exibição já excluídos.

Em 2016, os sistemas do Street View (recurso do Google Maps) transcreveram e armazenaram números de placas de veículos, criando um banco de dados geolocalizado desses números. Outro incidente envolveu a exposição pública de endereços de e-mail de mais de 1 milhão de usuários da Socratic.org (aplicativo de aprendizado do Google), com suspeitas de que informações de geolocalização e endereços IP também estivessem acessíveis. Além disso, um serviço de fala do Google registrou cerca de mil dados de áudio de crianças por uma hora, e um cliente governamental do Google Cloud foi inadvertidamente migrado para um produto voltado ao consumidor comum, comprometendo a localização dos dados nos EUA.

Embora muitos desses incidentes tenham sido rapidamente resolvidos e impactado poucas pessoas individualmente, o volume total de dados vazados é significativo. O Google afirmou que todos os problemas relatados foram revisados e resolvidos na época, e que algumas sinalizações feitas por funcionários não representavam problemas reais ou envolviam serviços de terceiros.

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